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sexta-feira, 24 de março de 2017

PEIXINHOS DA HORTA...


Hoje apeteceu-me experimentar uma versão mais saudável desta receita,fugir um pouco ao glúten e aos fritos...

Cozi o feijão , enrolei-o em espiral com a ajuda de um palito e coloquei-os numas pequenas formas préviamente untadas com óleo de côco



Fiz uma polme com 3 ovos,um pouco de farinha de mandioca,mais um pouco de farinha de arroz,temperei com sal ,pimenta preta e ervas de provence
Deitei uma colher de sopa da massa por cima de cada feijão e foi ao forno mais ou menos 10 minutos a 200 graus.

E eis o produto final...não estavam maus mas para a próxima posso enriquecer o sabor e a textura com queijo emental ralado.





quinta-feira, 16 de março de 2017

AMIGOS DE PENICHE

Amigo de Peniche é uma expressão idiomática de Portugal que se refere a um falso amigo , um parceiro desleal que não merece confiança e está apenas interessado em receber às custas de outros sem oferecer nada em troca. É o equivalente da expressão amigo da onça do Brasil, também usada em Portugal.

 ...a História

Em 26 de Maio de 1589, 6500 soldados ingleses desembarcaram na praia da Consolação, próxima de Peniche, sob o comando de Robert Devereux, 2º Duque de Essex. Fazia parte de uma expedição militar de 140 navios e 27 600 homens, sob o comando de Francis Drake e pelo almirante John Norris, com ordens de Isabel I da Inglaterra para recolocar D. António no trono de Portugal e restaurar a soberania portuguesa. Simultaneamente com a legitimidade de respeitar a Aliança Luso-Inglesa, Isabel I desejava impedir os esforços espanhóis de reconstituição do poderio naval após a derrota da Invencível Armada, e evitar uma nova tentativa de invasão espanhola à Inglaterra.

 A acção militar começou com sucesso: a Praça-forte de Peniche caiu em poder dos homens de Essex e a guarnição portuguesa, submetida ao comando espanhol, não opôs grande resistência. Enquanto as tropas que desembarcaram rumavam por terra a Lisboa, o resto da frota, sob o comando de Francis Drake, seguiu para Cascais. Os objectivos da invasão eram cercar Lisboa por terra e por mar, e ocupar os Açores de modo a cortar a rota da prata espanhola.

A palavra foi passando entre os portugueses: "Vem aí os nossos amigos, que desembarcaram em Peniche…", mas no caminho para Lisboa as forças inglesas mereceram a desconfiança portuguesa ao saquear Atouguia da Baleia, Lourinhã, Torres Vedras, e Loures. Às portas da capital as forças terrestres colocaram-se inicialmente no Monte Olivete (actual freguesia de São Mamede) mas mudaram-se para a Boa Vista, o Bairro Alto e depois para a Esperança, quando D. Gabriel Niño abriu fogo com os canhões do Castelo de São Jorge. A artilharia prometida por Isabel I a D. António não viajara na expedição, o que limitava a capacidade de resposta dos ingleses.

 Os ingleses é que não esperavam que Duque de Bragança, D. Teodósio II, como grande rival político de D. António que era e como condestável de Portugal, ao perceber que as forças que avançavam não tinha o apoio necessário para vencer, põe-se a favor dos castelhanos. É por esta razão, à frente de um exército de 6.000 homens e portugueses, reforça as defesas de Lisboa.

Em Cascais, Francis Drake aguardava a entrada terrestre em Lisboa para cercar a cidade no rio Tejo; mas os homens de John Norris foram ineficazes no ataque à capital bem fortificada e melhor defendida, onde os espanhóis tinham reforçado a guarnição e a repressão. As prisões estavam cheias, as execuções de resistentes sucediam-se. Entretanto, os patriotas dentro das muralhas que estavam prontos a combater e sabiam do desembarque inglês interrogavam-se: "Que se passa com os nossos amigos que desembarcaram em Peniche? Quando chegam os nossos amigos de Peniche?"

 O empenho dos portugueses na acção militar também falharia. De modo a conseguir o apoio militar de Inglaterra, D. António recorrera ao argumento de que as populações portuguesas se sublevariam ao seu lado contra os espanhóis, de tal modo que talvez nem fosse necessário combater. Mas a ocupação assentava numa repressão feroz, reforçada com a ameaça da invasão, e o levantamento popular não aconteceu.

Menos de um mês depois do desembarque, a expedição inglesa regressou à armada ancorada em Cascais, deixando os portugueses adeptos do prior do Crato a perguntar-se o que era feito daqueles "amigos de Peniche". Mais atacados pela peste do que em combate, os ingleses tinham sofrido danos importantes sem alcançar qualquer dos objectivos. Desde esse tempo, a expressão "amigos de Peniche" passou a designar todos os falsos amigos.

 Existe uma outra lenda, sem fundamento histórico, sobre a origem da expressão: durante o cerco a Lisboa, nas invasões napoleónicas, a população de Peniche teriam prometido transportar víveres por mar para o porto da capital. Mas nunca teriam aparecido, nem sequer tentado, e as pessoas no porto ficaram a desesperar pelos "amigos de Peniche".

Devido à imagem negativa que os penichenses acarretam devido à expressão, a Câmara Municipal de Peniche divulgou e realizou uma encenação da versão histórica dos acontecimentos, com os objectivos de repelir o anátema e "identificar os autênticos amigos de Peniche".[1] A encenação teve lugar na Fortaleza de Peniche em 27 de Maio de 2006.


Amigo de Peniche é também um pastel doce típico da cidade de Peniche, em Portugal. O seu nome é inspirado na expressão idiomática amigos de Peniche.

Assemelhando-se, de certa forma, aos pastéis de feijão, os amigos de Peniche podem ser encontrados em diversas pastelarias da cidade.Os seus ingredientes incluem farinha, açúcar, ovos e amêndoa.

São normalmente vendidos envoltos em papel, individualmente ou em caixas de seis pastéis. Por vezes, estas caixas contêm, para além dos pastéis, uma folha de papel descrevendo a origem da expressão amigos de Peniche.







   Fonte: Wikipédia

sábado, 4 de março de 2017

QUINTA DA BACALHÔA





A Quinta da Bacalhôa é uma antiga propriedade da Casa Real Portuguesa. A quinta com o famoso Palácio da Bacalhôa - também conhecido como Palácio dos Albuquerques - situa-se em Azeitão, mais precisamente na pequena aldeia de Vila Fresca de Azeitão. É considerada a mais formosa quinta da primeira metade do século XVI, ainda existente em Portugal.








No século XV pertenceu, como quinta de recreio, a João, Infante de Portugal, filho do rei D. João I. Herdou-a sua filha D. Brites, casada com o segundo Duque de Viseu e mãe do Rei D. Manuel I. Ainda existentes os edifícios, os muros com torreões de cúpulas aos gomos e também o grande tanque foram beneficiações mandadas construir por D. Brites.


















Esta quinta viria a ser vendida em 1528 a D.Brás de Albuquerque, filho primogénito de D. Afonso de Albuquerque. O novo proprietário, além de ter enriquecido as construções com belos azulejos, mandou construir uma harmoniosa «casa de prazer», junto ao tanque, e dois robustos pavilhões, juntos aos muros laterais. Nos finais do século XVI, esta quinta fazia parte de morgadio pertencente a D. Jerónimo Teles Barreto — descendente de Afonso de Albuquerque. Este morgadio — em que estava incluída a Quinta da Bacalhoa — viria a ser herdado por sua irmã, D. Maria Mendonça de Albuquerque, casada com D. Jerónimo Manuel — da Casa da Atalaia — conhecido pela alcunha de «Bacalhau».
























É muito provável que o nome de «Bacalhôa», pelo qual veio a ficar conhecida a antiga Quinta de Vila Fresca, em Azeitão, tenha tido origem no facto de a mulher de D. Jerónimo Manuel também ser designada da mesma forma sarcástica. Esta quinta ficou consagrada entre os tesouros artísticos de Portugal.









Tendo, naturalmente, sofrido algumas modificações, no decurso dos seus cinco séculos de existência, conserva ainda as abóbadas ogivais dos seus tempos mais remotos, o palácio com janelas ao estilo renascentista, os cubelos representativos da Via Sacra e elementos cerâmicos decorativos, do século XVI. Nos azulejos encontra-se a data de 1565 e a assinatura do ceramista Francisco de Matos. Medalhões de faiança de origem flamenga emolduram bustos de significação histórica.





























Em 1936, o Palácio da Bacalhôa foi comprado e restaurado por uma norte-americana, Orlena
Scoville, cujo neto se incumbiu da missão de tornar a quinta num dos maiores produtores de vinho de Portugal, na década de 70 do século XX.










Actualmente a Quinta da Bacalhôa pertence à Fundação Berardo, liderada pela família Berardo, a nona mais rica de Portugal, cujo patriarca é o madeirense Joe Berardo. Foi classificada pelo IPPAR como Monumento Nacional em 1996.