Hora sagrada dum entardecer/De Outono,à beira mar,cor de safira/Soa no ar uma invisível lira.../O Sol é um doente a enlanguescer...,cor/A vaga estende os braços a suster,/Numa dor de revolta cheia de ira,/a doirada cabeça que delira/
Num último suspiro, a estremecer!/O Sol morreu...e veste luto o mar/e eu vejo uma urna de oiro a balouçar,/á flor das ondas,num lençol de espuma./As minhas ilusões, doce tesoiro,/também as vi levar em urna de oiro/No mar da vida, assim... uma por uma...
FLORBELA ESPANCA in "Livro das Mágoas"
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